quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Inexplicavelmente eterna




A Musa sente falta de meus versos
Acha que seu poeta já morreu
Ou, outra o roubou para si...
Será que nunca fui claro
Bastante não foi a dedicatória
Os sentimentos passados a limpo
No pergaminho

Tenho que ser mais explícito
Se pudesse expô-la
Mostrar a todos sua formosura
A candura que me dispensa
As palavras duras, quando me desvio do caminho.
Quando o natural ciúme dos amantes aparece.

Criatura de meus ais
Leviano seria negar, que não olho a beleza
Ensaio as palavras belas, no trato corriqueiro
Um defeito meu por acaso, não sei explicar
Saiba mulher de meus dias, nada de ti me desvia
Amo como no primeiro dia em que te olhei.

Vontade teria de me lançar na estrada
Ouvir de teus lábios em meus ouvidos
Carícias articuladas em surdina
Encostar meu rosto ao teu, roçar nossas peles.

Eu te amo demais

Amo mais do que consigo supor

Uso minhas palavras para te dizer enfim
Nunca serás trocada por outra, és única
Inexplicavelmente eterna
Cria em teu peito este sentimento que não morre
Amor eterno pelo homem que te adora.

Gerson Araujo Almeida

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